sexta-feira, 3 de junho de 2011

Composição: 6 Passos Para Compor Sua Primeira Música.

(Foto - Jon Foreman, um dos meus compositores preferidos escrevendo no papelão)

"... Palavras de sabedoria 

"Quando você está compondo, se você está com medo da música ficar horrível, você nunca escreverá uma nota".
 
Jeff Boyle, cantor-compositor de Cubs Win”e uma multidão de comerciais de TV, incluindo Coors Light e McDonald's.

Composição pode precisar de uma quantidade enorme de paciencia e trabalho duro. Felismente, tem muita diversão pra se ter ao longo do caminho. Nesse espírito, nós juntamos — pra você — Os 6 Passos Para Compor Sua Primeira Música:

1. Encontre uma mensagem pela qual você sinta apaixonado.
Escolha uma causa que ressoa com você (uma aposta sempre certa é qualquer coisa sobre o amor - ou a falta dele!). Escreva sobre aquela garota que você está muito inseguro para chamar pra sair ou aquele cara que você queria que ele te notasse. Escreva sobre o que te interessa. Escreva sobre o que você sabe. Mantenha isso simples! Se o assunto é vital para você, ele provavelmente será vital para os outros também. Da mesma forma, se você não se importa sobre um assunto, não espere que os outros se importem também.



2. Encontre uma melodia simples.
Tantos compositores novos esquentam suas cabeças tentando ser complexos para ganhar amigos e enfluenciar os editores.  Nós compositores não somos pagos por nota – nós somos recompensados pelas conexões fazemos nas sinapses cerebrais do nosso público. Muitas vezes as melodias mais fáceis são as mais duradouras.


3. Procure um progressão simples de acordes.
Procure o seu teclado ou seu violão para esse elemento necessário da sua música, use um programa como o GarageBand, ou pesquise na internet clubes e locais que os músicos possam acomodar as suas letras e melodias em uma comfortável cama de música.

4. Encontre um lugar para escrever.
 Encontre um lugar tranquilo e pacifico para limpar sua mente, acender um pouco de incenso, e deixar que as melodias e emoções fluam. Se isso não for possível, qualquer estação caótica de metrô vai servir. Outros lugares interessantes de se escrever: Supermercados, feiras, partidas de futebol, no carro, e em qualquer outro lugar onde as distrações se beiram zero.


5. Encontre um piano de calda Bosendorfer em uma antiga catedral
e deixe seus dedos pousarem sensualmente sobre as teclas enquanto você compôe
sua obra-prima!
Se isso não for possível, pegue qualquer instrumento velho que está jogado por aí na casa e veja se você pode tirar algum som dele. Na verdade tudo se trata do que você está ouvindo na sua cabeça. Se você consegue imaginar a forma a música finalizada vai soar, você pode escrever ela. O banjo do tio Louie deve servir pra isso.


6. Encontre a confiança dentro de você mesmo para colocar seu coração e alma em
linha e mostrar sua música para outras pessoas.
É através deste circuito de feedback constante que você aprende como melhorar suas músicas. Resista à tentação de considerar só as reações positivas. Da mesma forma, você deve resistir
ao desejo de desvalorizar as reações positivas. Respire os elogios, e o peso das pedradas. Respire tudo isso, mas antes de fazer qualquer alteração, sempre consulte o seu coração pela verdade.

... "
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Escrito por Jim Peterick, Dave Austin e Cathy Lynn
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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Você Realmente Precisa de Um Professor de Música?

(Foto - Justin Sandercoe, um dos professores online de guitarra/violão mais famosos do mundo criador do site JustinGuitar.com que ensina milhares de estudantes online de graça.)



Se você quer realmente aprender música bem, você conseguirá fazer isso bem mais rápido com um bom professor. Imagine um aluno da 8ª série que diz que não precisa ir mais para pra escola, porque acha que já aprendeu tudo o que ele precisa de saber na vida. Isso soa ridículo, né? Bem, isso é ridículo, mas esta é a mesma atitude que muitos guitarristas têm sobre a música. Antes de eu ir mais além, permita-me te esclarecer que se a tua meta é tocar algumas canções simples em uma rodinha de violão, a necessidade de um professor realmente não existe. Para aqueles que querem alcançar um nível mais alto do qual estão agora, na arte de tocar guitarra (ou qualquer outro instrumento), este artigo é para você.

Alguns de nós podemos pensar em alguns bons guitarristas que nunca tiveram uma aula formal de música na vida, e mesmo assim, eles parecem ter conseguido até bem por conta própria. Muitas pessoas olham para um guitarrista, e pensam: "Se aquela pessoa pode ter sucesso aprendendo sozinha, por que eu não posso?"; É uma pergunta válida, e é claro que você pode aprender algumas coisas por conta própria, mesmo sem um professor de guitarra. Mas por que correr o risco de aprender por conta própria quando normalmente não funciona, e quando você achar um professor de guitarra que pode fazer as coisas funcionarem? A maioria das pessoas que escolhem não aprender com um professor ou:
  1. Têm problemas financeiros significantes (tornando impossível pagar pelas aulas).
  2. Não têm interesse suficiente no seu progresso musical para investir tempo e dinheiro nele.
  3. Simplesmente, não entendem o quanto que um bom professor pode ajudar um estudante, e em mais áreas do que uma pessoa por conta própria poderia entender

A maioria das pessoas que não tiveram aula se encaixam na última categoria. E é para estas pessoas que este artigo foi escrito. Vamos ir direto para o óbvio. Sem um bom professor de guitarra, você pode perder horas, dias, semanas, meses e até mesmo anos tentando aprender coisas com resultados limitados, quando um professor poderia mostrar-las em alguns minutos. O teu progresso vai avançar muito mais rapidamente (e corretamente) com um professor do que sem um.

Vamos pensar em outros tipos de pessoas (não músicos), que tentam arduamente fazer um extenso progresso na sua área de interesse. Até mesmo os maiores atletas do mundo ainda têm a NECESSIDADE de treinadores para que sejam capazes de fazer o seu melhor para progredir. Eu sei que alguns de vocês estão pensando: "Hei, isso é música, não as Olimpíadas ou algum outro tipo de competição!" Claro que, a música não deve ser uma competição de uns contra outros, mas É uma competição (pelo menos para você) se você quer melhorar as suas habilidades e alcançar o seu verdadeiro potencial.  Se você quer alcançar suas próprias metas, e essas metas estão num nível mais alto do que o nível que você está agora, isso é uma competição, um desafio, uma jornada, ou qualquer coisa que você queira chamar. Pense nisso, o treinador principal de uma equipe de futebol profissional não é atleta (na maioria dos casos) os jogadores é que são, mas ainda, os treinadores são capazes de ensinar e treinar os atletas a serem o melhor que eles possam ser.

Pense nas Olimpíadas e nos técnicos de ginástica que ensinam e treinam os atletas. Esses treinadores não podem fazer (com o seu corpo) metade das coisas que os ginastas podem fazer com os seus, mas mesmo assim eles têm grande êxito no treino de atletas para competir nos Jogos Olímpicos. Pode-se ver claramente, que os atletas dependem muito dos técnicos e dos seus treinos. Você pode estar pensando agora que a minha analogia de atletas e treinadores não é aplicável aos estudantes de música e professores. Os professores de música são exatamente como professores convencionais. Eles passam informações sobre, conhecimento de teoria musical, habilidades de ouvido, composição, improviso, acordes, escalas, elementos musicais, etc. É verdade que você pode encontrar algumas dessas informação na internet, mas você também vai encontrar muita informação errada e incompleta! Mas e a performance de treino, éticas de treino, técnicas físicas, independência de dedos, economia de movimentos e controle de tensão? Todas estas coisas são quase impossíveis de aprender por conta própria ou pela internet. Um treinador/mentor/professor pode te ajudar não só a aprender essas técnicas, mas a dominá-las também.

Muitos guitarristas autodidatas, simplesmente NÃO SABEM o que ELES DEVERIAM estar aprendendo. Alguns têm metas bem definidas, isso é ótimo, mas frequentemente os guitarristas não entendem as melhores estratégias para alcançar estas metas. Pode ser frustrante praticar à toa e nunca verdadeiramente alcançar essas metas, ou se estas são alcançadas, pode ter levado 10 vezes mais tempo do que deveria ter levado. Os professores de guitarra bons, detectam as fraquezas que precisam ser melhoradas e os maus hábitos que devem ser corrigidos. Muitos guitarristas podem estar totalmente inconscientes destes hábitos e como eles os afetam de forma negativa. Mais importante, é o fato que eles não os sabem corrigir-los! É exatamente isto, que os treinadores fazem pelos seus atletas, e é por isso que estas pessoas (os treinadores e mentores) são tão valiosas para o esporte, e razão pela qual são elas ganham um salário bem gordo.

Além dos benefícios musicais óbvios que se obtém tendo aulas com um professor (como aprender técnicas, teoria, músicas, etc.), ainda há os benefícios não-musicais. Muitos destes benefícios não musicais valem ouro! Quando eu era estudante de música e pegava aulas de guitarra e de composição musical, haviam tempos que eu não conseguia praticar os conhecimentos das lições atuais o tanto quanto eu precisava para avançar para a próxima lição. Mas eu sabia que tinha de encarar o meu professor na próxima aula, e isto me dava mais incentivo para treinar mais duro e por mais tempo para dominar a lição anterior. Até mesmo se eu achasse que não estava aprendendo tanto quanto eu gostaria de aprender com um professor de guitarra específico, a pressão subliminal de ter que praticar cada lição valia o custo das lições porque me fez ser um guitarrista melhor, e forçou-me a fortalecer o meu trabalho moral. Se eu não tivesse tido um professor durante estes tempos, eu não teria alcançado o nível que alcancei, à taxa que eu consegui.

Quando o Mike Walsh e eu éramos estudantes, ele estava tendo aulas de guitarra com um cara de jazz na faculdade de Chicago e ele me disse: "eu não preciso deste sujeito, eu com certeza poderia aprender todas as coisas que ele me faz treinar por conta própria." Mas nós dois sabíamos que apesar de que o Mike poderia fazer estas coisas por si mesmo, ele provavelmente, não ia gastar tanto tempo nisto (porque ele tinha outras coisas musicais para fazer). Por causa das lições, ele teve que estudar estas coisas e isto o forçou a dominá-las mais cedo, ao invés de mais tarde.

Os professores de guitarra podem te dar muitas oportunidades boas, que você não pode obter tão facilmente por conta própria. Os professores de guitarra experientes têm mais conexões, porque eles já estão no negócio da música (uns mais que outros) e isso pode fazer uma grande diferença na tua vida musical, se queres uma carreira musical próspera como guitarrista, professor de guitarra, compositor, músico de estúdio, etc. ou só por diversão. Eu tive dois professores em particular, com quem eu estabeleci uma relação muito boa com o passar do tempo, e isto foi bom para mim na minha carreira musical. Eu não sei como consigo te explicar aqui, o quanto eu devo o meu sucesso a eles! Muito do que eu tenho agora não teria sido tão facilmente alcançável, seu eu não tivesse tido lições com eles por muito tempo, e com eles ter desenvolvido uma relação muito boa.

Depois de me tornar professor de guitarra e de entrar na indústria da música, eu pude dar muitas oportunidades aos meus estudantes, muitos dos quais são agora profissionais ou pelo menos semi-profissionais. Em muitos casos eu pude ajudar-lhes a conseguir o primeiro trabalho como professor deles, trabalhos de gravação, estágios empresariais de música, registros, distribuir e vender seus próprios CDs, a conseguirem melhores concertos, etc. Alguns dos outros professores de guitarra que eu pessoalmente conheço também fizeram coisas semelhantes por alguns dos seus estudantes.

Você realmente precisa de um professor de música? Bem, eu vou só adicionar isto, houve um período de tempo nos anos noventa em que eu não tinha um professor (durante aproximadamente 18 meses), e eu posso te dizer que eu estava à deriva e sem direção, não adquirindo os mesmos resultados que eu obtinha quando tinha um professor. Então, eu fui para a faculdade para estudar música, e isto mudou minha vida musical (e pessoal) para sempre! Para mim tudo valeu a pena para chegar onde eu queria estar musicalmente.

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Escrito por Tom Hess
Traduzido de: http://www.tomhess.net/Articles/DoYouReallyNeedATeacher.aspx
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sábado, 4 de dezembro de 2010

5 Dicas Sem Preço Para Jovens Compositores


(OBS: Algumas dicas deste artigo são mais mais centradas a música clássica, mas use o que servir pra você.)

Para mim, a composição é um dos eventos mais recompensadores que eu posso tomar parte. Porém, ficar confortável com essa linguagem leva um tempo bem longo, e daí, somente uma porcentagem bem seleta de pessoas realmente tornam esse sonho realidade.

Então eu escrevi essas 5 Dicas Para Novos Compositores . Não importa qual estilo, qual nível você está, ou até onde você realmente quer ir – de um hobbista a um profissional – Essas 5 dicas vão realmente melhorar sua habilidade de compor.

1. Escreva Alguma Coisa Todo Dia

Essa dica é frequentemente ignorada, mas é importante perceber que praticar nossa habilidade da forma mais frequente possível é necessário para o crescimento. Assim como um atleta que levanta pesos para se tornar mais forte e se apresentar melhor, nós devemos escrever consistentemente para trazer nossos pensamentos/emoções/sentimentos na música que nós escrevemos de forma mais efetiva e certeira.

Isso não significa que nós temos que escrever uma peça inteiramente nova todo dia, mas você deveria pelo menos praticar compor uma seção de música ou desenvolver o montante. Mesmo se você vai compor hoje com a sua guitarra completamente de ouvido e então praticar composição para um quarteto de cordas amanhã, não importa. Apenas esteja certo de que o que você pratica tem uma relação mais direta com os seus objetivos.

Como alguns de vocês devem saber, eu sou um grande fã de escutar e aprender de outros estilos de música. Porém, quando eu escrevo, eu tento focar a maior parte do tempo na música que eu gosto. De tempos em tempos eu componho uma música em um estilo diferente pra aprender dele, mas nunca tão frequente quando eu gasto meu tempo escrevendo músicas que se encaixam nos meus objetivos finais.

2. Defina a Forma

O que eu quero dizer aqui é que sempre é legal saber onde você vai terminar lá no final antes de você começar a se mover. Certamente, algumas vezes você vai apenas entrar no seu carro e dirigir por aí. Porém, na maioria do tempo nós temos um lugar em mente que nós gostaríamos de chegar quando nós entramos no carro. O mesmo serve para a composição.

É muito mais fácil compor uma peça de música (e bem menos cansativo!) quando você define especificamente a duração da peça do começo ao fim. Uma vez que você fizer isso, é bom descobrir onde as seções vão se dividir. Talvez você tenha uma composição de 8 barras e seu primeiro refrão apenas dure 16 medidas dessa vez, mas da próxima vez quando ela chegue, ela dure 32 medidas. Na verdade não importa o que você decida, mas é sempre útil definir uma idéia difícil do que você gostaria de alcançar antes que você vá atrás do seu objetivo (mesmo que você eventualmente vá bem longe dos seus parâmetros).

3. Seja Modesto com as Novas Idéias

 Uma grande tentação quando você é um compositor novo jogar tudo que você aprendeu em sua última composição (Eu sei isso por experiência própria!). Misturar Funk, Swing, e Death Metal parece ótimo em conceito, mas você logo verá que é bem mais fácil falar do que fazer.

Então eu recomendo escolher apenas uma ou talvez duas novas idéias que você ainda não tentou e então jogue elas em um estilo que você está mais acostumado.

Por exemplo: Você gostaria, mas ainda não experimentou compor para 4 vozes em um estilo clássico tradicional; mas é mais acostumado com o rock?

Ótimo! Componha algo que você goste para as vozes primeiro e então peque a sua experiência com o rock e aplique a idéia como achar apropriado. Certamente, você mudará as partes vocais aos poucos enquanto você progridem mas você também aprenderá modos novos e inovadores de fundir o rock com esse estilo unicamente diferente. Talvez você descubra que um solo de guitarra característico não funcione nessa situação, mas um modo único de tocar arpeggios ou os acordes funciona perfeitamente!

4. Dê Espaço!

Você já se perguntou por quê os guitarristas de rock sempre tocam Power chords e Oitavas (além do fato de que isso soa legal)?

É porque as oitavas e as quintas perfeitas soam melhor a parte grave de qualquer instrumento, e desde que a guitarra transpõe uma oitava a baixo, os guitarristas tendem a tocar voicings que começam com uma quinta ou oitava perfeita nas cordas mais graves (E e A)

É muito importante se lembrar disso, como uma fundação de que a parte grave é essencial para quase todo tipo de música. Certamente, você pode tocar terças na parte grave, mas é mais provável que ela seja suja de mais para ser reconhecida. Então, como uma regra básica, qualquer acorde começando abaixo da linha do meio do baixo deve ser escrita com uma quinta perfeita ou uma oitava no fundo.

5. Dê Suporte Para A Melodia

Por ultimo, mas não menos importante, se você escreveu uma melodia muito importante no seu climax absoluto e você quer que ela seja forte e robusta, então você deve dar suporte a ela! Não espere que o violino carregue toda a melodia alta (mesmo se você têm 20 deles). Se você quer que ela saia forte, você deve dar suporte a ela de alguma forma.
Geralmente, se a melodia está bem aguda, você queira dar suporte a ela duplicando (ou as vezes triplicando) a melodia uma oitava abaixo em outro instrumento (talvez uma viola, ou outra guitarra para o rock). Isso deve deixar a melodia bem mais clara sem contrair a integridade dela.

Se mesmo assim essas linhas ainda parecem um pouco fracas, então eu recomendo dar suporte a sua melodia principal com sextas. Essa é uma técnica usada normalmente e pode te dar algumas harmonias únicas que você nem pensou usar antes.


Então, aí estão minhas 5 dicas pra você. Eu espero que você tenha achado isso útil, mas se você praticar elas frequentemente eu te garanto que elas serão.


Até a próxima, se cuidem e continuem compondo, companheiros artistas.

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Escrito por Kole
Retirado de: http://www.guitar9.com/columnist688.html
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sábado, 27 de novembro de 2010

Originalidade


(Foto - Apresentação da banda mewithoutYou e o seu vocalista muito louco, Aaron Weiss)

O próprio fato de que você começou a ler este artigo indica que você provavelmente pensa que a Originalidade é importante. Mas será que ser original é um bom objetivo de se ter? Eu acho que a maioria das pessoas responderiam sim (na teoria, pelo menos.) Minha resposta certamente não seria sim ou não, mas eu prefiro o talvez. Eu diria isso, porque depende da situação.

Considere isso: Na música clássica, os estilos de se tocar e compor mudaram bem devagar. Mozart, Haydn e J.S. Bach não se preocupavam com originalidade. Eu sei que para aqueles que não estudaram muito a história da música, isso pode soar estranho, mas essa é a verdade. Eles não eram ótimos porque eles eram originais, eles simplesmente eram compositores superiores. Para ser ótimo (ou até o melhor) no que você faz geralmente tem pouco a ver com originalidade. Se ser inovador fosse a chave para o sucesso, dois ótimos músicos não soariam nada parecidos. Todos nós sabemos que isso não é verdade.

J.S. Bach só se preocupava em compor a melhor música sacra para Deus. Sacralidade (habilidade musical) e expressão do seu amor, respeito, etc. para Deus era tudo com o que ele se preocupava de verdade. Ele não precisava ser inovador para alcançar seus objetivos porque a música do tempo dele podia satisfazer isso. Não havia necessidade de ser inovador para alcançar os objetivos dele. Muitos dos contemporâneos de Bach eram bem mais inovadores do que ele era, mas Bach que nós nos lembramos e que é ensinado em todo programa de música clássica de cada universidade do mundo.

Mozart e Haydn (que viveram depois de Bach) só se preocupavam com ganhar dinheiro e servir seus patrões. Eles eram basicamente servos que depois fizeram um nome bem maior por si mesmos. Estes compositores queriam ganhar dinheiro, queriam encher salas de concertos e agradar os patrões que os empregavam. Esse era o objetivo deles e ser original não era importante para alcançar aquele objetivo, na verdade, inovação demais iria ferir a carreira deles nesses dias

Originalidade não se tornou um fato maior na música até que Beethoven (mais ou menos 50 anos depois da morte de Bach). Pelo tempo que Beethoven começou a compor, ele já era um pianista famoso e seguro financeiramente. Ele não precisava compor músicas muito normais para se alimentar. Especialmente depois na sua vida, ele podia fazer qualquer coisa que ele quisesse musicalmente. O maior objetivo dele era de se expressar, não ganhar dinheiro (além de que ele já tinha muito dinheiro). Mas ele se encontrou em uma situação onde compor música no modo convencional não conseguia mais expressar seus pensamentos e sentimentos. E aí que isso se tornou crítico inovar e se tornar original. A originalidade de Beethoven era necessária para satisfazer seu objetivo de auto-expressão. Ele não buscou a inovação apenas para ser diferente, mas era uma necessidade.

Quando eu perguntei: “Será que ser original é um bom objetivo de se ter?” Eu disse talvez. Eu espero que agora você está começando a ver quando (na minha opinião, pelo menos) é importante, e quando não é. Algumas vezes, as regras de inovação e originalidade são críticas, outras vezes não existe essa necessidade.
Existem vários músicos que vão até enormes distâncias pra ser diferente. Só isso. Muitas vezes o resultado não faz muito sucesso, por quê? Porque a originalidade, em si mesma, tem um pequeno ou nenhum valor porque é apenas uma anomalia, ou diferença.

Originalidade, como parte do quadro maior, onde todo o resto é balanceado e comparado, pode ser uma coisa maravilhosa e valorosa também. Quando ela tem um propósito definido para expressar algo que não pode ser feito pelos métodos convencionais é especial, e esses tipos de inovações são bem mais efetivas, poderosas, e lindas.

Meu conselho pros meus estudantes sempre tem sido esse: “Nunca evite fazer alguma coisa normal ou comum por causa do medo da sua idéia não ser original. Porque se você evitar, sua expressão musical e criatividade sofrerão com isso. Você pode usar tudo, novo ou velho, não restrinja suas opções. Não busque ser igual aos outros, e busque não ser diferente dos outros. Seja você mesmo e expresse isso, não importando se isso pede inovação, ou idéias comuns.”


Agora que eu já expressei minha perspectiva na regra da originalidade, vamos olhar para alguns modos que você pode começar a alcançar alguma originalidade em usa forma de tocar/escrever/compor/improvisar, etc. para que você tenha isso, se e quando você precisar.
Escute e estude outros guitarristas que você gosta e respeita. Mas também escute música não-guitarrística. Analise o que eles estão fazendo, como eles estão fazendo isso e como você pode usar esse conhecimento do seu próprio jeito.

Escute outros estilos musicais além dos que você escuta normalmente. Lá você encontrará novas técnicas e novos modos de aplicar velhas técnicas. Eu escutei alguns cantores realmente ótimos pra adicionar novas idéias para o meu vibratto e fraseamento. Eu escutei muitos compositores da era romântica do século XIX (principalmente Chopin) pela a harmonia e pelas progressões de acordes, modulações que não são encontradas facilmente na música moderna de hoje. Mike Walsh (o outro guitarrista em HESS) escutou muita música do Oeste e suas formas exóticas. Ele também estudou todos os maiores instrumentos de sopro na faculdade, de onde o som original do seu fraseamento de legato vêm, em parte.
Se você está buscando idéias realmente originais, procure fora da música. Existem infinitas fontes de idéias inspiradoras nas outras formas de arte e literatura, ciência, religião, instintos, culturas e mais importante – suas próprias emoções, pensamentos, desejos, cicatrizes, etc.

Quando eu era um estudante de composição na Universidade Roosevelt em Chicago, eu tive aulas em uma turma chamada Grandes Idéias. Era basicamente um estudo de grandes trabalhos literários. Um dos livros que eu li foi “Os Sofrimentos do Jovem Werther”. A forma literária (estrutura) foi um bocado diferente dos outros livros que eu li. Sem passar por uma análise mais profunda do livro, eu vou apenas te dizer que a meada da história é contada por uma série de cartas. Eu penso o quão bem o livro teve sucesso em expressar a história de uma perspectiva única. Eu pensei o quão bem este conceito pode funcionar na música. Eu encontrei várias outras idéias nesse livro e outros livros que poderiam ser usados em outras formas de arte (como música) com alguma imaginação criativa e adaptação. Eu logo percebi que existe uma enorme fonte de idéias musicais em tantas coisas “não-musicais”.

Eu sinceramente espero que você procure influências musicais e não-musicais. Mantenha uma mente aberta e criativa a tudo que você vê, lê, pensa, escuta e você encontrará, eu seu próprio modo, novos tesouros que existem ali.
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Escrito por Tom Hess 
Retirado de: http://www.tomhess.net/Articles/Originality.aspx
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sábado, 6 de novembro de 2010

Frustração Musical



Você está frustrado musicalmente? Você não é o músico que queria ser? Ou não é tão bom como poderia ou deveria ser? Você olha com inveja outros músicos que estão fazendo o que você gostaria de estar fazendo? Será que alcançar os teus objetivos musicais parece uma coisa fora do teu alcance?

Acho que, de tempo
s em tempos, praticamente todo mundo já pensou assim alguma vez. Felizmente, você não está sozinho, e tem coisas que você pode fazer para combater a negatividade da frustração. Muitos dos grandes mestres da música, às vezes, ficaram frustrados com as suas habilidades musicais. Eu providenciei 4 exemplos de compositores clássicos famosos assim:
1. Ludwig Von Beethoven (1770-1827) trabalhou durante longos períodos de tempo nas suas composições para completar elas. Ele reviu as suas peças várias e várias vezes aperfeiçoando e duvidando das suas composições originais. Isto era quase inédito na época de Beethoven. Muitos de vocês já devem saber que, mais tarde, na sua vida, Beethoven foi ficando, gradualmente, surdo. Devido a isso, Beethoven deixou de atuar como pianista em 1814 (13 anos antes de sua morte).
2. Johannes Brahms (1833-1897) ficou tão frustrado com suas habilidades de composições que passou 21 anos pra compor sua primeira sinfonia! Ele sentiu como se nunca pudesse compor uma sinfonia como as de Beethoven. Brahms continuava a recomeçá-la, revê-la, abandoná-la, refazê-la, etc.
3. Gustav Mahler (1860-1911), mestre de sinfonias, revia as suas sinfonias e outras obras após ter duvidado do que tinha composto originalmente. Mahler continuou a rever as suas obras até à morte. Deve ter sido frustrante continuar revendo peças que já haviam sido publicadas.
4. Jean Sibelius (1865-1957) deixou de compor durante cerca de 30 anos porque achava que se tinha esgotado de novas idéias musicais. No auge de sua popularidade, ele duvidou da sua capacidade de compor algo bom. Ele trabalhou em músicas novas durante 30 anos, ou mais, esboçando as suas idéias durante o dia e as descartando todo dia. Isto é uma frustração muito séria!
Beethoven começou a compor novamente em 1817 (depois de 3 anos de surdês). Muitas das suas composições mais importantes surgem a partir deste último período da sua vida. Beethoven, quando começou a trabalhar outra vez, abriu novos caminhos e fez coisas nunca antes feitas na música. Se ele tivesse continuado a deixar que as frustrações da sua surdez o paralisassem musicalmente, não seria tão conceituado como é hoje.
Após o período de 21 anos para compor a sua primeira sinfonia, Brahms sentiu-se aliviado. A sombra de Beethoven foi elevada o suficiente para permitir que Brahms avançasse. Ele, finalmente, encontrou uma maneira de seguir em frente e de lidar com as suas frustrações. Ele completou a sua sinfonia seguinte em menos de um ano.
A frustração pode te ajudar ou te ferir, dependendo de como você lida com isso. Como você pode ver, Beethoven e Brahms acabaram encontrando formas positivas de lidar com as suas frustrações e superar elas. Infelizmente, Sibelius não. Ele é, talvez, o exemplo mais extremo de uma pessoa que deixa a frustração a destruir musicalmente. Infelizmente, ele morreu sem que nos últimos 30 anos da sua vida terminasse uma composição significativa!
Quando eu era adolescente, eu e alguns amigos meus (todos guitarristas), fomos ver o Yngwie Malmsteen tocar em Chicago. Após o show acabar, alguns dos meus amigos comentaram sobre como se sentiram deprimidos depois de ver o Yngwie tocar e disseram que queriam desistir completamente de tocar guitarra. Éramos todos jovens e sabíamos que o Yngwie era um músico muito melhor do que nós. A principal diferença entre a reação deles e a minha foi que eles deixaram a sua admiração pelo Yngwie frustrá-los ao ponto de pensarem não haver esperança nos seus esforços para se tornarem melhores guitarristas. Muitos dos meus amigos pararam de tocar guitarra por vários dias; um deles realmente desistiu completamente.
A minha reacção ao evento foi muito diferente. Eu usei a minha admiração pelo Yngwie como uma força positiva, maciça e inspiradora. Fiquei tão inspirado que fui direto para casa e treinei durante a noite inteira até que não conseguia mais manter os olhos abertos.
O objetivo aqui não é tentar evitar a frustração, mas usá-la para o seu proveito. Eu virei sempre a minha frustração musical para uma maior fonte de motivação. Eu estava sempre à procura de outros músicos que fossem melhores que eu para uma jam. Claro que era fácil de encontrá-los quando eu era novato; tornou-se cada vez mais difícil ao longo dos anos que se seguiram. Eu recebi muitas coisas dessas experiências.
Num artigo anterior, eu escrevi sobre perseverança, escrevi sobre a importância de acreditar em si mesmo e de não desistir. Eu não quero ser muito redundante aqui, mas vale a pena mencionar brevemente alguns pontos outra vez.
Várias e várias vezes os guitarristas não chegam às suas potencialidades porque sentem que não podem se equiparar com os outros ou às suas expectativas. Porquê comparar-se com os outros? Será que é mesmo importante se você é ou não tão bom quanto outra pessoa? Claro que não. A música não deve ser vista como um esporte competitivo. É e deve ser uma arte. Tudo o que realmente importa é o quão bem você é capaz de se expressar. Assim, a questão só deve ser esta: atualmente, você têm as habilidades para se expressar plenamente através da música?
Por mais que eu nunca tenha gostado ou respeitado o cantor /guitarrista / compositor / do Nirvana, Kurt Cobain, devo admitir que ele era capaz de se expressar muito bem. Apesar do fato de que as habilidades musicais de Kurt eram primitivas e muito limitadas, pode-se ouvir a sua personalidade fluir através da sua música. Não importa que ele não fosse um bom guitarrista. Não importa que o seu conhecimento de teoria musical fosse, provavelmente, perto de zero. Também não importa que ele tocasse desafinado e que tivesse uma técnica de guitarra absolutamente desleixada. Felizmente, para aquilo que ele queria expressar, ele não precisava de ter nenhuma das competências que a maioria dos músicos considera boas e necessárias. Se o Kurt quisesse expressar algo mais significativo ou complexo, iria ficar extremamente frustrado por não ter mais habilidades musicais do que aquelas que podem ser ouvidas na sua música. Então, no final, tudo funcionou bem para ele e o meu palpite é que ele, provavelmente, não estava muito frustrado consigo musicalmente, porque ele não estava tentando ser melhor guitarrista, compositor ou cantor do que ninguém. Ele não fez esses tipos de comparações entre ele e o resto do mundo da música.
Esta é, na minha opinião, a única coisa importante que todos nós podemos seguir. Claro que a abordagem do Kurt Cobain de não se preocupar com essas comparações não é uma idéia nova; muitos outros antes e depois dele também fizeram isso. Ele é usado aqui como um exemplo porque quase toda mundo do nosso tempo o conhece.
Na minha vida, e no início, o pensamento de desistir de tocar guitarra me passou pela cabeça (apesar de que nunca a sério). Quando era adolescente, eu também ficava frustrado quando pensava que nunca poderia me tornar um guitarrista virtuoso (como Yngwie ou Jason Becker) e que nunca poderia me tornar um mestre compositor (como Chopin ou Bach). Quando eu parei de tentar competir com todo mundo, e defini novas metas de auto-expressão, tudo mudou. Eu parei de fazer comparações com outros guitarristas, compositores e letristas porque, no meu novo objetivo, essas comparações de pouco ou nada serviam para a minha nova missão de simplesmente me expressar plenamente através da música. Eu me senti liberto do fardo de ter que competir com o resto do mundo. Começando no início dos anos 90, o meu foco era o de apenas ganhar mais habilidades, ferramentas, etc. que eu precisaria para expressar o que tinha dentro de mim.
No meu caso, o que quero expressar exige um alto grau de virtuosismo na guitarra e composição, complexidade musical, integridade, etc. Porque eu preciso dessas habilidades, a minha viagem para chegar a um nível mais elevado de musicalidade necessitou muito mais tempo, esforço e estudo do que para alguém como Kurt Cobain, que tinha necessidades muito diferentes das minhas para se expressar.
A maioria dos músicos que irão ler isto terão muito mais ambições musicais do que o Kurt Cobain. Da mesma forma, você também vai se sentir frustrado quando se vir limitado pelas tuas habilidades. A chave é usar isso como uma força positiva para a sua motivação e inspiração. Mestres de todos os tipos de arte passaram pelo que você está passando. Hoje, você está em qualquer nível de habilidade. Através da tua frustração e motivação, você acabará alcançando os seus objetivos atuais. Ao alcançar estes objetivos, provavelmente você ainda se sentirá frustrado porque o teu desejo de melhorar ainda mais te fará estabelecer novas metas para você mesmo. E, assim, o ciclo continua de novo e de novo... Mas você está sempre progredindo e melhorando de novo e de novo. 

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Escrito por Tom Hess 
Retirado de: http://www.tomhess.net/Articles/MusicalFrustration.aspx
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sábado, 30 de outubro de 2010

Como Fazer Ensaios Realmente Produtivos


Eu estou certo de que qualquer um que já começou uma banda e se sente insatisfeito com o resultado dos ensaios encontrará algo útil nesse artigo, uma vez que eu escrevi ele da experiência de ter 2, ou até 3 bandas ao mesmo tempo, e muitos ensaios. Por algum tempo eu sempre tive alguns altos e baixos com os ensaios, mas ao mesmo tempo eu prestava atenção para ter certeza que os ensaios que eu tinha sempre eram mais produtivos quanto eles possivelmente poderiam ser.

Antes do Ensaio da Banda:

Você deve aprender a tocar sozinho todas as partes, e as canções que você planejou para os ensaios, e junto com o metrônomo. Seja crítico consigo mesmo quando está pegando as músicas, pra evitar alguns erros que você não poderá concertar em cima da hora. Prepare todas as suas idéias, grave, e até envie as idéias para seus colegas de banda, para que eles estejam preparados para o que você está trabalhando. Se você tem algumas partes de solo, tenha certeza de que você não fique procurando as notas ou opções de como tocar elas no ensaio. Isso realmente precisa ser feito em casa.

Faça um loop da progressão de acordes que você tem que solar e faça o solo em cima delas. Mesmo que o solo envolva a banda inteira, você pode trabalhar isso sozinho. Se você planeja compor novas músicas no ensaio, durma bem e tente aquecer antes, se você tiver tempo. Não chegue atrasado nos ensaios, especialmente se você paga pelo tempo. Tenha respeito com o tempo de todos os outros na banda, e eles respeitarão o seu.

Também esteja certo de que você cuidou de todos os telefonemas e de todas as distrações em potencial antes de ensaiar, tanto quanto as outras coisas básicas como trocar as cordas, e coisas parecidas. E claro, não vá para os ensaios bêbado, ou sobre qualquer outra influência (a não ser que seja influência musical, hehe.)

Durante o Ensaio da Banda:

A pior coisa que pode acontecer em um ensaio é quando alguém chega de mau humor. Isso reflete em todo mundo, e na música em si mesma. Se tudo te irrita, encontre razões reais para isso, e se acalme. Não desconte nos seus companheiros de banda, porque eles provavelmente não são sua real fonte de mau humor. Energia negativa pode ser um destruidor de bandas bem real.

Arrume o seu som. Eu te sugiro que você estude a natureza física do seu som e do seu instrumento, e aprenda como fazer sons saudáveis nos ensaios. Não se permitam em tocar aos ruídos. E esteja certo de que você não está tocando muito alto. Se você não consegue se escutar bem, e você percebe que está alinhado com a bateria, abaixe os outros instrumentos, ou conserte a configuração da freqüência. Algumas vezes o ruído ocorre mais por uma má equalização, não por tocar alto. Esteja informado sobre como fazer uma configuração boa do som. Cuide disso no início de tudo, porque se não isso irá te deixar na surdez e falta de criatividade.

Quando você está trabalhando em músicas novas, esteja aberto para a opinião de todo mundo, mesmo se você vai tocar a música que você mesmo escreveu; Deixe todo mundo por uma parte deles mesmo na música e escute as idéias de todo mundo, porque isso pode providenciar um pouco para a música que você tinha perdido ou não tinha pensado antes por si mesmo.

Quando algum membro da banda tem que trabalhar na parte que eles tocam junto e não envolve você, não faça barulho com seu instrumento, você vai distrair eles pra caramba, e eles podem ficar nervosos facilmente. Ao invés disso pense em outras idéias que você pode providenciar para a música. 

Sempre. SEMPRE pare qualquer coisa que você está fazendo se você teve alguma idéia muito boa, e grave ela imediatamente, porque não importa quão boa ela seja, sempre tem uma enorme chance que você se esqueça dela. Não se permita fazer isso. Eu perdi algumas ótimas idéias desse jeito, que eu me arrependi totalmente. Isso é recomendável de algum jeito, especialmente se você está fazendo novas músicas. Você pode encontrar muito material em potencial nessas gravações.

Quando você de praticar uma música por completo com a sua banda, e você está tecnicamente pronto, não continue tocando ela normal, ou sem nenhum movimento, ou até pior, parado e só olhando para o instrumento. Pule, se mova, dance, dê uma olhadinha mortal para os seus colegas, toque com a guitarra atrás das costas, com ela no chão, toque com os dentes, com a língua, sei lá... Apenas não fique lá tocando com a sua mente. Você tem que chegar ao ponto, que você nem pensa o que tocar. Quando você for tocar ao vivo, você pode ter um certo problema que vai aparecer se você não escutar o que eu acabei de dizer. Ele pode aparecer mais ainda quando se está tocando uma música energética.

O problema é que quando você toca, você liga o público, e eles ligam você ainda mais, e você vai querer fazer todas as coisas que você deveria ter feito nos ensaios, mas você não consegue fazer, ou então faz e comete toneladas de erros. Apague a luz e consiga uma pequena luz de show nos seus ensaios. Sinta ela como se você estivesse no palco na frente de milhares de pessoas! Você vai achar isso bem interessante e vai esclarecer todas as desvantagens no palco. Até faça pequenas coreografias pros seus shows, se necessário, e vá para os detalhes. Veja o que poderia acontecer no palco, e tente trabalhar isso nos ensaios, antes que consequências indesejáveis possam acontecer.

Eu também aconcelho aproveitar todo o melhor para o tempo do ensaio. Não entre em jams sem sentido (ao menos que você tenha certeza que eles vão beneficiar a banda), não fume, não fique parado em conversas não-musicais por muito tempo, não faça longas paradas (apesar de que elas são úteis as vezes, quando você es exforça acima do topo, e realmente não faz sentido se esticar demais, porque nada criativo vai acontecer), e mais importante, não fique viajando nos seus pensamentos. Esteja lá 120%, ou ao menos 100%, e você notará a diferença.

Depois do Ensaio da Banda:

Se você tem tempo, saia um pouco com seus colegas e conversem sobre tudo que vocês fizeram nos ensaios. Reveja todas suas idéias, e conversem sobre o que você farão depois. Troquem algumas direções para os próximos ensaios. Concerte os outros problemas que vocês tenham aqui, e não durante os ensaios. E aproveitem um tempo bom, estabeleçam um ótimo relacionamento pessoal. Se você gosta de estar com a sua banda fora da banda, você vai gostar deles ainda mais quando você está dentro da banda. E todo mundo que escutar ou ver a banda vai notar isso, e isso cria um grande fator do sucesso.

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Escrito por Josip Pesut
Traduzido de: www.guitarplayerworld.com/How_to_Have_Productive_Band_Rehearsals.html
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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Tocando Ao Vivo: O Que Fazer Com As Pequenas Vozes Na Sua Cabeça


(Foto - Tim Foreman, baixista da banda Switchfoot)

Não importa se você toca para dezenas de milhares de pessoas na sua turnê mundial, ou para 20 pessoas em um churrasco no fundo do quintal, a maior parte das ansiedades mentais que os músicos experimentam enquanto estão tocando ao vivo são iguais. Em quase todos os casos a voz negativa da sua cabeça está centrada no medo (medo da rejeição, dúvidas sobre si mesmo, etc.). Todos nós experimentamos algum nível de medo e nervosismo quando estamos tocando ao vivo em uma hora ou outra. Você já deve ter sentido medo de falhar, medo de errar, medo do que a audiência pode pensar de você, da sua música ou da sua banda. Você já se perguntou perguntas do tipo:

E se eu errar?”
Eu sou bom o suficiente para tocar em um palco?
E se o público não gostar da banda, da música, ou de mim?
Será que essa apresentação vai ser um desastre?

Vou te dizer algumas coisas para você pensar antes da sua próxima apresentação (elas definitivamente funcionam se você usar elas, principalmente se você conseguir juntar todas elas nos seus pensamentos).
  1. Não ponha uma pressão desnecessária para você tocar ao nível mais alto. A hora de experimentar pressão é enquanto você está praticando em casa, ou nos ensaios com a sua banda. A apresentação não é a hora para colocar estresse/pressão adicional em si mesmo. Sim, você precisa se concentrar no que você está fazendo, mas se divertir. Se você não se permitir se divertir em uma apresentação, quando será que você vai se permitir para aproveitar a música de verdade?
  2. Como um músico profissional, a pressão para se apresentar em um alto nível é ainda mais alta agora do que antes. Eu me apresento melhor me focando em me divertir e em viver meu sonho do que me preocupando com cometer erros. Eu olho desse modo: Se eu toquei 30.000 notas perfeitamente e toquei 3 notas imperfeitamente, eu toquei 99,99% das notas corretamente. Seria sem sentido para mim me preocupar com o 0,01% de erros enquanto eu estou no palco. Se eu preciso praticar alguma coisa depois só pra ter certeza que eu não cometerei os mesmos erros na próxima apresentação, então eu farei isso amanhã, enquanto eu estou praticando, não no palco.  
Você provavelmente toca algumas centenas de notas em uma apresentação também (talvez bem mais). Claro que a maioria de nós luta pela perfeição, mas não acabe com sigo mesmo por alguns erros. Seja feliz e se dê um pouco de crédito por tocar 97%, 98%, 99%, ou 99.999999% das notas corretamente. Não deixe que seu desejo de ser perfeito te deixe aleijado quando a verdade é que nenhum de nós consegue ser perfeito o tempo todo. Se você está fazendo uma prova em uma grande universidade e responder 99% das questões corretamente, você ficaria muito feliz com sigo mesmo, não é?! Parabéns, você ganhou um “A”! Seja feliz com isso quando você está no palco. Você pode voltar pra casa depois e praticar o 1% depois.
  1. Se lembre disso, quando você está tocando (para 20 pessoas ou para 20,000): Todo mundo na audiência te inveja. Quase todo mundo lá em baixo queria que fossem eles que estivessem lá em cima no palco, com todo o talento que você tem. Mesmo se eles não gostam da sua música, eles ao menos invejam sua posição no palco. Então da próxima vês que você estiver no palco e se sentir nervoso, se lembre que as pessoas na platéia estão “na platéia”, e só você (e seus colegas músicos) são aqueles que estão “no palco”... Vivendo o sonho naquele momento. Lembre-se de quando você começou a tocar. Você se lembrou de ficar pensando o quão legal devia ser estar lá no palco lá em cima tocando para pessoas que vieram para te ver e te ouvir? Se lembre o quanto você desejou isso quando você começou. Quando você entra no palco, se lembre do quão longe você chegou como músico. Agora você pode fazer algo que você sempre quis estar fazendo. O tamanho dos concertos que você toca não são realmente importantes. O que É importante é o que você já alcançou. Você que está tocando no palco, a maioria das pessoas apenas sonham com isso, mas agora você vai fazer isso de verdade! Se sinta bem com isso, não arruíne com a animação e o prazer dessa experiência pelo medo de cometer um errinho ou dois.
  2. No final, é tudo sobre a música. Não é sobre mim ou sobre você, na verdade. Como músicos, nós somos os verdadeiros instrumentos pelos quais a música flui. Os instrumentos que nós tocamos são meras extensões de nossos seres. Quando você toca para os outros, você é um “doador”. Quando foi a última vez que você se sentiu nervoso ou com medo por fazer algo legal por outra pessoa? Se você segurar a porta aberta para uma senhorinha você vai ser sentir com medo ou nervoso? Quando você doa dinheiro para a caridade, você experimenta medo ou dúvidas sobre isso? Quando você doa seu tempo para alguém que precisa de ajuda, você se sente nervoso fazendo isso? Tocar música não deveria ser diferente. Não pense como se você fosse um competidor olímpico que precisa se apresentar com perfeição para ganhar uma medalha de ouro. Não pense que você desapontou a humanidade inteira se você cometer um erro, ou se a platéia não gostar do seu concerto. Se você pensar na sua performance como “doar aos outros” você não vai se sentir nervoso ou com medo, e o nervosismo no palco vai se derreter. Quando você toca, você adiciona valor à experiência das pessoas quando elas te escutam. Alguns podem gostar disso, e alguns não. É a escolha das pessoas, ou preferência. Mesmo se você tocar perfeitamente, não é todo mundo que vai amar o que você está fazendo. Isso vem com o território. Mas você vai ter dado um pouco de si mesmo do mesmo jeito. Você veio para compartilhar o que você faz com a audiência. Se sinta bem com isso por que quando você se sente bem, as chances de cometer erros na apresentação diminuem.
Se você não entendeu nada desse artigo, ao menos se lembre disso: O melhor antídoto para o nervosismo no palco é mudar o objetivo da sua mente de  “impressionar os outros” para “doar para os outros.

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Escrito por Tom Hess 
http://www.tomhess.net/Articles/PlayingLiveWhatToDoWithTheLittleVoicesInYourHead.aspx
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